”Recebo mensagens todos os dias de pessoas dizendo que sou uma inspiração pra elas, mas na verdade, elas que são pra mim”.
Nunca fui muito adepta a rótulos e até então não me considerava de fato uma influenciadora digital. Mesmo produzindo conteúdo na internet diariamente. Não pensava muito a respeito disso, sobre quem eu era e o que fazia. Para mim, apenas estava fazendo o que gostava e compartilhando publicamente.
Aos poucos minhas publicações foram alcançando um numero maior de visualizações e consequentemente ganhei mais seguidores. Então marcas, fotógrafos, mídias e principalmente outras meninas com um life style parecido com o meu começaram a vir até mim.
Hoje trabalho como modelo alternativa, sou patrocinada por algumas marcas, participo de projetos fotográficos, eventos e escrevo aqui pro Blog sobre essas experiencias, tanto para quem tem curiosidade sobre minha vida pessoal e o que rola em off, quanto para as meninas que querem seguir pelo mesmo caminho e vir a trabalhar com a internet ou até mesmo se tornar uma alt model.
Minha visão sobre tudo isso começou a mudar quando percebi que estava de fato influenciando outras pessoas. Passeando pelas redes sociais comecei a ver postagens muito parecidas com as que faço.Desde posts bobos como uma foto minha mijando na manhã de uma terça-feira tediosa até uma cópia do meu site.
Confesso que essas coisas me irritaram bastante por um tempo, afinal eu trabalho pra caralho pra produzir um conteúdo diferente e de qualidade, e não é nem um pouco legal ver cópias mal feitas dele por aí. Mas aos poucos minha visão sobre tudo isso começou a mudar e vi que não era inteligente continuar me preocupando com essas coisas. Primeiro porque cópias não se sustentam por muito tempo e também porque procurei ver essa questão de uma forma mais positiva: meu trabalho não estaria sendo copiado se não estivesse bom, certo? Outra questão que me fez pensar sobre o fato de ser uma influencer foi receber mensagens quase que diariamente de pessoas dizendo que eu inspirava elas de alguma forma.
Seja pela força e coragem que tenho de viver a vida do meu modo e não me importar com o que pensam ou dizem ao mesmo respeito, quanto pelos trabalhos que faço. Não consigo expressar aqui o quanto isso é recompensador. Recebo mensagens todos os dias de pessoas dizendo que sou uma inspiração pra elas, mas na verdade, elas é que são para mim. Porém, um ponto negativo sobre ser uma digital influencer, é o peso e responsabilidade que isso acaba gerando.
Nunca achei que eu fosse exemplo ou referência pra alguém. Fui embora de casa aos 13 anos, mas não tive sucesso. Aos 17 consegui e na mesma época comecei a me tatuar. Passei a maior parte da adolescência revoltada com o sistema e era contra quase tudo que fazia parte dele.
Desde um emprego convencional até um curso numa universidade. Não tenho religião, não torço pra nenhum time e não bato no peito defendendo nenhuma causa.Não suporto qualquer tipo de fanatismo. Não tenho papas na língua na hora de mandar alguém se foder. Não pretendo ter filhos, nem comprar uma casa para pagar em 30 anos e detesto reuniões de família. Não tenho um relacionamento nem um trabalho convencional. Porque sei que seria a pessoa mais infeliz do mundo no momento caso tivesse. Gosto de drogas, sexo e rock’n’roll baby! Brincadeiras a parte (embora que verdade). Não acho que eu seja uma referencia ou bom exemplo pra alguém, apenas faço o que gosto.
E por algum motivo as pessoas gostam de mim e curtem o que faço. Mesmo eu sendo essa porra louca aqui. Acho que tudo acontece por identificação, e pensando melhor sobre isso comecei a relaxar sobre essa ideia de influenciar pessoas.
Quem me acompanha diariamente se conectou comigo de alguma forma e escolheu estar aqui e partilhar das mesmas ideias. Acho que em geral eu tenho feito um bom trabalho. Se eu estou influenciando pessoas mesmo, espero que seja positivamente. Pois é apenas o que desejo, o melhor pra todos.
Sejam fortes e corajosos sempre.
Obrigada pela companhia e até a próxima!
Beijos