Uma das melhores coisas que aconteceu em 2018 foi eu ter iniciado meus projetos de fotografia para meninas alternativas.
Só eu e quem estava comigo sabe o quanto desejei e esperei para que isso acontecesse. Posso dizer que foi algo como um sonho realizado.
Não consigo expressar o quanto estou amando fazer isso e confesso que foi melhor do que eu imaginava. Não só por adorar fotografia e especialmente por ser fotografia sensual, mas por tudo que isso envolve.
Desde que comecei a organizar o Doce ShootDay (o primeiro foi em junho de 2018), conheci pessoas maravilhosas com quem tive momentos incríveis e com certeza vou levar isso pra vida toda.
E acho que não só pra mim, acredito que foi algo especial pra todas também. Tudo que esse trabalho envolve, é algo que realmente não tem preço.
Isso é o mais legal deste job, pois se não fosse por ele, eu talvez não tivesse conhecido tantas meninas, não teria viajado para outros estados (que é algo que amo fazer) e não teria chegado até aqui.
Minha intenção nunca foi só fazer ensaios para enviar pra sites, nem vender fotos ou ganhar visibilidade. Essa talvez seja a menor parte trabalho.
Acredito que quem olha de fora pensa ser algo fácil e que só envolve diversão. Ok, é divertido mesmo, mas não está nem perto de ser fácil.
São dias planejando tudo, muitas horas de trabalho fotografando e algumas semanas na finalização de todo o material produzido.
Quando convido alguém para participar dos meus shoots, não estou oferecendo fotos. Estou oferecendo uma experiência única.
Até hoje sempre recebi um ótimo feedback das meninas que participaram, e acredito que é algo que também tem ajudado muito elas, pois sem dúvidas cada uma sai com uma visão diferente da que chegou, um leque de possibilidades e ideias se abrem.
Já contei nesse texto aqui o que é Shootfest e as vantagens em participar de um.
Mas hoje resolvi falar um pouquinho mais sobre isso por dois motivos;
O primeiro é porque depois desse post onde expliquei o que era um shootfest, eu organizei mais seis #doceshootday’s e naturalmente hoje tenho uma bagagem muito maior e mais valiosa para falar a respeito.
Seis Shootfests. Parece não ser muito, mas como disse, é um trabalho que envolve bastante tempo, muita gente (foram mais de 50 modelos fotografadas ao todo), e naturalmente é uma responsabilidade enorme.
Lembro que no primeiro shootfest que participei como modelo, viajei para outro estado pois onde moro, em Curitiba, não havia fotógrafos que faziam esse estilo de fotografia.
O shoot rolou numa cobertura maravilhosa em Balneário Camboriú-SC e infelizmente (ou felizmente), eu fui a única modelo que compareceu. Todas as outras acabaram deixando a fotógrafa na mão de ultima hora.
Fiquei com dó da fotógrafa nesse dia. Não é fácil encontrar uma locação legal pras fotos e muito menos arcar com os custos dela sozinha. É muito complicado quando isso acontece.
Por outro lado, eu fiquei com a cobertura inteira pra mim. Fiz um ensaio incrível e, eu a fotógrafa (Luciana Macedo), tivemos mais tempo de nos conhecer naquele dia. Fizemos vários trabalhos depois disso e consequentemente acabamos nos tornando amigas.
Tava na cara que nenhuma daquelas meninas que não foram ao shoot não estavam comprometidas com o trabalho.
Eu nem ia comentar sobre isso aqui, só queria mesmo contar brevemente sobre a primeira experiência que tive e o leque de oportunidades que se abriu pra mim depois disso.
Mas já que mencionei o ocorrido sobre o furo das modelos, acho legal contar um pouco de uma das partes mais difíceis desse trabalho: a falta de comprometimento.
Recentemente aconteceu o mesmo comigo. Claro, levar um prejuízo assim nunca é bom, mas já que a merda estava feita, qual a minha outra opção a não ser olhar pro lado bom disso? Pois sim, sempre há um lado bom.
Talvez se essas meninas tivessem comparecido, eu teria gasto um tempo enorme com elas, fotografando e até dando mentoria para nada. (Aliás, vou abrir um parênteses aqui porque esqueci de mencionar lá em cima, depois do shootfest eu continuo auxiliando as meninas nos seus trabalhos, e naturalmente isso me toma bastante tempo).
Enfim, se no primeiro obstáculo que tiveram foi assim, imagina nos tantos outros que teriam pela frente?
Outra coisa que aprendi foi selecionar melhor as pessoas que trabalho e investir mais nas meninas que estão de fato dispostas a construir uma carreira.
Sinto muito dizer isso, mas se você que está lendo esse texto pensa em seguir por esse caminho e vir a se tornar alt model, saiba que não é um trabalho fácil, não mesmo.
Vai exigir muito de você e estou disposta a ajudar em tudo que precisar, mas desde que você leve isso a sério, caso contrário, nem tente.
E olha que isso não acontece só com modelos. Existem fotógrafos aos montes por aí que nem mesmo entregam as fotos para as modelos. Por isso é importante conhecer as pessoas com quem irá trabalhar.
Quer participar de um shoot meu? Então entre em contato com as meninas que recrutei e fotografei e solicite referências. O mesmo com qualquer outro fotógrafo ou profissional que vir a trabalhar.
Isso é extremamente importante, não só pelo trabalho em si, mas pela segurança também. Você precisa conhecer quem é a pessoa que pretende trabalhar.
Hoje não recruto ninguém que eu veja que não está comprometida comigo e com o trabalhos que nos dispomos a fazer. E sabe, isso valorizou muito meu trabalho e ganhei muito em produtividade!
E contando isso pra vocês, vou para o segundo motivo pelo qual resolvi escrever mais uma vez sobre o shootfest.
Depois de ter um contato direto e muito próximo com as modelos que fotografei, vi que os medos e dúvidas que elas tinham não era só em torno de insegurança com corpo, não saber como posar ou receio referente a exposição. Vai muito além disso.
Quando iniciei minha carreira de alt model tive muitas dificuldades. Desde não saber exatamente como esse universo funcionava até a exposição e críticas que tive que lidar.
Mesmo eu tendo sido recrutada também, não tive ajuda sobre vários assuntos. Então foi algo que aprendi sozinha, com meus próprios tombos.
Parei pra pensar em tudo isso e cheguei a conclusão que se eu posso facilitar esse início para outras meninas, porque não? Do que vale tudo que aprendi se não posso compartilhar e ajudar outras pessoas?
Na verdade, de modo informal já estou fazendo esse trabalho mesmo antes de me tornar recrutadora, tanto que esse foi o motivo pelo qual decidi começar a trabalhar com isso.
Muitas meninas, inclusive meninas que já trabalhavam na área vieram me pedir ajuda e ajudei muitas delas. Depois de um tempo fazendo isso em off, resolvi formalizar.
Por isso o segundo motivo para eu ter escrito esse post foi para contar uma novidade bem linda!
A partir de fevereiro estarei oficialmente dando mentoria para modelos e pra quem ainda não tem muita experiência na área e deseja trabalhar como alt model.
Logo voltarei com mais notícias sobre isso, continuem me acompanhando nas redes e aqui no Blog.
Ah! E pra quem ainda não sabe, eu criei um e-book com 5 dicas de como iniciar a carreira de alt model. Quem ainda não baixou corre fazer o download que está bem legal e vai te ajudar neste início.
E logo volto com novidades sobre a mentoria.
Obrigada pela companhia e até a próxima.
Beijos, beijos